Profissões Tradicionais têm Novas Oportunidades de Atuação

O que você vai ser quando crescer? Essa pergunta há muito tempo tem sido feita para crianças Brasil afora, como uma forma de estimular os pequenos a pensarem, desde a infância, na profissão a seguir. Ao longo do desenvolvimento da sociedade, profissões tradicionais, como Direito e Medicina, passaram a dividir, lado a lado, o interesse dos jovens com muitas outras, em diferentes áreas do conhecimento. 

Nos dias atuais, é possível ajudar os filhos a escolherem a sua profissão, pensando em um futuro promissor, feliz e que, ao mesmo tempo, atenda aos anseios dos jovens em atuarem em ambientes modernos. O primeiro passo para alcançar esse objetivo deve ser considerar todas as possibilidades (é importante pesquisar e conversar sobre o assunto com diferentes profissionais) a partir da associação do perfil do jovem às necessidades da sociedade, mas sem pré-conceitos. 

As funções desempenhadas por quem faz um curso superior de Direito, por exemplo, são diversas e muito importantes para resolução dos conflitos existentes na sociedade. Segundo a advogada e coordenadora do curso de Direito da Fasam – Faculdade Sul-Americana, Laise Bispo, o ensino jurídico ou a educação jurídica pode ser entendida como uma ciência com objeto, métodos, técnicas, instituições, pressupostos e institutos próprios. “É necessário formar sujeitos dotados de autonomia e criatividade, com conhecimento teórico, dogmático e prático, consciência cidadã e ambiental, compromisso ético com os direitos humanos e com o futuro da humanidade e que dominem as novas tecnologias da informação, formando assim não só para o mercado de trabalho, mas para a vida”.

O profissional graduado no curso de Direito pode desempenhar  várias funções , dentre as quais cumpre destacar: advogados – profissionais liberais e empregados, procuradores e advogados públicos, assessores e consultores jurídicos -, membros do ministério público, magistrados, delegados de polícia, auditores, professores (ministra aulas em áreas como Direito Penal, Empresarial, Civil, Administrativo, Constitucional, Ambiental, dentre outras);  e pesquisadores (atua na área acadêmica, em pesquisas e estudos no ramo jurídico).

Além disso, as novas tecnologias abriram outras oportunidades para o bacharel em Direito. “Os cursos de direito, diante das novas realidades e tecnologias emergentes devem olhar para a frente, de forma prospectiva, e utilizar estratégias didático-pedagógicas que desenvolvam novas competências. Em um mundo em rápida mutação, de economia e conhecimentos globalizados, com crescente domínio das novas tecnologias baseadas na inteligência artificial somente por meio de um processo de educação continuada se torna possível a sobrevivência do profissional. Hoje, tanto o bacharel em direito como o advogado precisa ter habilidades e conhecimento em áreas como proteção de dados, por exemplo”, explica Laise Bispo. 

Novas áreas de atuação do bacharel em direito

  1. Direito digital e segurança de dados

A proteção de dados é um tema cada vez mais relevante para os operadores do Direito à medida que a legislação vem se adaptando para atender a uma realidade de ampla exposição da vida e da imagem das pessoas. No Brasil, novas normas como o Marco Civil da Internet, que traz regras para a divulgação de dados pessoais de terceiros, exigem profissionais atualizados e preparados para atuarem em causas que envolvam esse tipo de situação.

      2. Startups jurídicas

As startups jurídicas, também chamadas lawtechs e legaltechs no exterior, são empresas cujo modelo de negócio se baseia em oferecer um produto ou serviço inovador que resolve problemas legais ou jurídicos. É o caso, por exemplo, de profissionais que atuam com mediação online para ajudar a solucionar conflitos para pessoas físicas e jurídicas.

     3. Regulamentação de novas tecnologias

 O surgimento de novas tecnologias ocorre em velocidade acelerada e demanda profissionais antenados para auxiliarem na regulamentação desses produtos ou serviços. Foi o que aconteceu recentemente com as plataformas de compartilhamento de patinetes e bicicletas: como novidade, não havia regras claras para o uso desse tipo de serviço e, à medida que surgiram casos de acidentes com os equipamentos, as normas precisaram ser estabelecidas por profissionais que conhecem os fundamentos do Direito. 

 

Fonte: Laise Bispo, advogada e coordenadora de Direito da Fasam

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