A pirâmide etária da população brasileira tem passado por uma grande transformação: o crescimento do número de idosos é considerável nos últimos anos. Em 2017 essa parcela da população ultrapassou a marca de 30 milhões de pessoas no Brasil. Conforme projeção feita pelo IBGE, em 2060, 1 em cada 4 brasileiros terá mais de 60 anos.

A redução da fecundidade e aumento da expectativa de vida culminou em um número cada vez maior de pessoas com 60 anos ou mais. Essas pessoas demandam cuidados específicos e atenção integral para que possam manter a sua autonomia e bem-estar. Isso porque os problemas que ocorrem em idosos são muito específicos, tais como:

Incontinência urinária: um problema que é encarado por muitos como normal, mas não é e tem tratamento, mesmo sendo comum. Esse problema causa fugas acidentais de urina e pode ser tratado com o apoio profissional.

Imobilidade: causada pelo declínio e perda dos movimentos articulares, algo que prejudica o cotidiano das pessoas na terceira idade. Nesse sentido, a qualidade de vida dos idosos nessa situação sofre consideravelmente.

Incapacidade cognitiva: ocorre quando um idoso perde parte da funcionalidade de partes do corpo responsáveis pela cognição. Os principais problemas causadores de incapacidade cognitiva são: depressão; demência; doenças mentais; e delirium, entre outros problemas.

 Instabilidade postural: ocorre quando idosos perdem sua capacidade de se movimentar sem que haja instabilidade nas suas articulações. Segundo a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, a SBGG, as quedas de idosos devem ser consideradas como problemas de saúde pública. Suas causas podem ser desde problemas neurológicos até alterações musculares.

 Iatrogenia: são problemas causados por algum tratamento pelo qual passou a pessoa idosa.

Idosos precisam de cuidados direcionados para esses problemas e para outros que não foram citados aqui. Com o aumento considerável dessa parcela da população e sua tendência de crescimento, tanto o poder público quanto à iniciativa privada terão que dar mais importância a tal questão, principalmente porque a desigualdade social que assola o país prejudica as pessoas com mais de 60 anos que vivem na pobreza.

 Eis que surge a Prevenção e Reabilitação Biopsicossocial em Gerontologia

Nesse cenário de envelhecimento da população, surge a necessidade de profissionais especializados no cuidado a quem um dia já cuidou (e, convenhamos, ainda cuidam) de muitos de nós. Mesmo que filhos e netos possam ter força de vontade para cuidar dos seus pais ou avós, somente esses profissionais entendem, de fato, o que contribui com um envelhecimento saudável. Estamos falando dos Especialistas em Prevenção e Reabilitação Biopsicossocial em Gerontologia.

Conforme a própria Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, o especialista em Prevenção e Reabilitação Biopsicossocial em Gerontologia é responsável por estudar o envelhecimento nos seus aspectos físico, biológico, psicológico e social, entre outros. Sua missão é garantir qualidade de vida dos idosos. Para isso, avalia todos esses aspectos e sua influência no desenvolvimento dia a dia dessas pessoas.

Para ser um especialista em Prevenção e Reabilitação Biopsicossocial em Gerontologia é preciso ter formação de nível superior. Geralmente, pessoas advindas da Psicologia, Nutrição, Enfermagem, Serviço Social, entre outras áreas. Que tal trocar por: É um campo de atuação cada vez mais procurado devido às mudanças no perfil da população e possui excelentes perspectivas de crescimento

O dia a dia dos profissionais em Prevenção e Reabilitação Biopsicossocial em Gerontologia

Pessoas idosas possuem suas particularidades, tentamos deixar isso claro desde o início desse conteúdo, mas como funciona o dia a dia do profissional que atua no seu cuidado? Sua atuação se dá em Hospitais gerais; Hospital Dia Geriátrico; Clínicas, Pronto atendimento geriátrico; Instituição de longa permanência; e atenção domiciliar.

Prevenção e Reabilitação Biopsicossocial em Gerontologia e Geriatria, qual a diferença?

Essas duas especialidades possuem como missão promover a saúde dos idosos. O profissional geriatra preocupa-se com a saúde física dos pacientes, com uma atuação ligada ao diagnóstico e tratamento de doenças comuns à essa fase.

Já o profissional especialista em Prevenção e Reabilitação Biopsicossocial em Gerontologia cuida do bem-estar de uma maneira mais ampla.  Seu trabalho leva em consideração não somente o aspecto físico, mas também psicológico e social, entre outros. O título de especialista em Prevenção e Reabilitação Biopsicossocial em Gerontologia é fornecido pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, assim como o título de Geriatra.

O especialista em Prevenção e Reabilitação Biopsicossocial em Gerontologia possui a oportunidade de aplicar seus conhecimentos na atenção primária à saúde com construção de planos de cuidados voltados para prevenção e promoção da saúde; na atenção secundária com identificação e diagnóstico precoce de doenças prevalentes na população idosa; na atenção terciária com assistência ao idoso criticamente enfermo; e na prevenção de complicações de doenças agudas e crônicas.

O que se estuda na Especialização em Prevenção e Reabilitação Biopsicossocial em Gerontologia?

As matérias iniciais do curso de especialização em Prevenção e Reabilitação Biopsicossocial em Gerontologia trabalham a Fisiologia e Epidemiologia do Envelhecimento. São abordadas temáticas específicas, como Bases Biológicas e Epidemiologia do Envelhecimento; Direitos, Deveres e Políticas Públicas para os Idosos; e Saúde Preventiva e Promoção da Saúde.

Essas matérias fornecem uma contextualização acerca da área e destacam a sua importância na promoção do envelhecimento saudável à população idosa. Também abordam a necessidade de políticas públicas voltadas ao objetivo da área.

Já em uma próxima fase do curso, é abordada a interdisciplinaridade da área. É quando cada aluno(a) tem acesso a disciplinas como Avaliação geriátrica ampla; Aspectos nutricionais relacionados ao envelhecimento; Saúde mental do idoso e distúrbios neuropsiquiátricos; Assistência ao idoso cronicamente enfermo, entre outras disciplinas.

Ao passar pelas etapas anteriores, nas fases finais do curso são ministradas disciplinas voltadas à Gestão, Liderança e Pesquisa, como Modelos de Atenção ao Idoso: Hospital Dia Geriátrico, Pronto Atendimento Geriátrico, Instituição de Longa Permanência; Cuidados paliativos em geriatria; e Metodologia Trabalho Científico, além da preparação para o Trabalho de Conclusão de Curso-TCC.

Se interessou? Quer saber mais sobre o curso? Clique aqui e conheça o curso de Especialização em Prevenção e Reabilitação Biopsicossocial em Gerontologia da Faculdade Sul-Americana.